Que mal há em gostar verdadeiramente de alguém?,eu lhe indago,com uma cara nada amistosa e inquisitiva ele,o ciúme retruca: em gostar? nada, mas esse jeito de gostar, não te faz bem e nem pra ele.
-Bem eu sei disso,mas fazer o que.
E ficamos os dois ali,olhando o nada e eu querendo desesperadamente não sofrer tanto desse mal.
Ansiando por um dia de plena paz,sem dedos de medusa, nem olhos de cigana oblíqua em cima do único ser na face da terra capaz de gostar de mim,mesmo o meu ciúme lhe ardendo a pele.
Me amando apesar de ele não ter culpa,nenhuma inclusive de nascer humano e lindo como um deus olímpico, me amando apesar de minhas arestas imperfeitas; amando-me acima do meu ego exagerado e jogado aos seus pés.
Amando-me sem perceber, amando-me por quem sou, amando-me mesmo sem me dizer com palavras, amando-me puramente pelo fato que não se escolhe a louca a se amar!
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